terça-feira, 23 de julho de 2019

Reflexão crítica sobre a formação realizada (conclusões)

      Considerei a formação realizada muito pertinente e interessante para a criação de uma nova visão do que se pretende que seja a escola atual. Efetivamente, caminhamos para uma escola onde o que interessa são alunos criativos e colaboradores, com espírito crítico e capazes de resolver problemas reais do dia-a-dia. Aqui, as novas tecnologias (os recursos digitais), são ferramentas importantes para conhecer e entender o mundo e aumentar o conhecimento dos alunos..
      A utilização das novas tecnologias como a plataforma digital "Edmodo" permite a participação integrada da comunidade educativa (alunos, professores e pais) nas atividades desenvolvidas, permitindo um acompanhamento constante e monotorização das atividades tanto por parte do professor como dos pais, tomando conhecimento do desempenho, motivação e interesse do seu educando nas tarefas realizadas. Esta plataforma, pela sua pertinência e facilidade de utilização pelos agentes educativos, poderá ser utilizada e encarada por todos como algo positivo que poderá ser uma ferramenta essencial à implementação de projetos e na aquisição de conhecimentos e competências no e para o futuro. Sendo esta uma proposta a fazer à Escola, pretende-se com ela alunos, professores e pais mais empenhados e participativos, motivando-os para a integração num mundo em constante mudança, cada vez mais digital e mais tecnológico.
      No entanto, o mundo da tecnologia não é um fim educativo, mas um meio para os alunos serem mais capazes e preparados para um mundo em constante evolução. Os alunos devem estar preparados para aprender a qualquer hora e em qualquer lugar, em função do seu ritmo e tempo necessários. A escola tem de disponibilizar ferramentas de aprendizagem que permitam aos alunos a aquisição de conhecimentos ao seu próprio ritmo, sempre com o desafio para desenvolverem, autonomamente, projetos onde esses conhecimentos possam ser utilizados.
      Hoje em dia, os jovens/crianças estão constantemente rodeados pela tecnologia, são os nativos digitais, no entanto, não dominam todas as ferramentas digitais. É necessário que dominem a utilização dos dispositivos digitais para a realização de tarefas do dia-a-dia, ou para desenvolverem a sua aprendizagem e aumentarem a sua produtividade. Devem ser capazes de refletir acerca do impacto destas tecnologias e da permanente mudança nas nossas vidas e na sociedade, contribuindo, individual ou colaborativamente, para um mundo melhor.
      Pretende-se, tal como já referido, ter alunos criativos e colaboradores, capazes de revelar espírito crítico, adaptabilidade, capacidade de resolução de problemas reais e conscientes de que a tecnologia desempenha um papel muito importante nas nossas vidas, desde que utilizada de forma controlada e racional. Os professores devem incentivar nos alunos a utilização da tecnologia para investigarem, resolverem problemas e criarem produtos finais para os projetos. Para conseguir este objetivo final, é necessário o desenvolvimento de competências no campo do digital, de forma a permitir aos alunos utilizarem esse recurso como uma poderosa ferramenta de auxílio à aprendizagem, porque a tecnologia não é o centro de todo o processo de aprendizagem, é uma ferramenta de auxílio à aprendizagem. Não pode, por si só, sobrepor-se às aulas ditas tradicionais, mas deve coexistir com estas, ajudando os alunos a produzirem a sua própria aprendizagem, autonomamente, a partir de propostas feitas pelo professor, que mediará todo o processo de aprendizagem entre o aluno e a tecnologia, monitorizando a aquisição do saber.
      Posso dizer que gostei muito da formação e aprendi muito com as leituras e pesquisas realizadas, de forma a responder a todas as solicitações dos formadores. Achei muito interessante o trabalho final, porque os docentes trabalharam em grupo e estiveram, efetivamente, em colaboração, dando todas as ideias relativamente à planificação, ao tema do projeto e às possíveis atividades a realizar em articulação com as várias disciplinas do currículo, procurando conjugar atividades relacionadas com o mundo digital com atividades práticas, mas simples (manuais com materiais simples). Levou-nos a pesquisar e tentar compreender a temática e como aplica-la sem ser só em regime fechado (alunos - professores), mas que fosse funcional, envolvendo também os pais interessados em acompanhar a vida escolar e as aprendizagens dos educandos (alunos - professores - pais), de forma a haver uma colaboração estreita entre estes elementos envolvidos no processo educativo. Daí o nosso interesse na implementação da utilização da plataforma "Edmodo" na escola. Efetivamente, apesar de já ter o hábito de utilizar materiais digitais nas minhas aulas de HGP e de Português (aula digital, e-manual, vídeos, PowerPoint, ...), acho que fiquei mais rica com esta formação e vou aplicar os conhecimentos a partir deste ano letivo.
      Agradeço aos formadores a gentileza e a capacidade de nos ajudarem a desenvolver e adquirir novas competências nesta área do digital e do tecnológico.

domingo, 9 de junho de 2019

Metodologias: videojogos e trabalho - projeto

Os videojogos como metodologia de incentivo ao estudo

        Apesar de o documento, em estudo, ser sobre os videojogos, como incentivo para o estudo da História, estes recursos adequam-se ao estudo para qualquer matéria e temática de qualquer disciplina.
        Esta metodologia pode ser bastante motivadora e estimulante, levando o aluno a aprender sem dificuldade, desenvolvendo nele a curiosidade pela resolução dos problemas implícitos no jogo e a tentar encontrar soluções pertinentes, para resolver as problemáticas complexas com que se depare. Além disso, os jogos permitem desenvolver competências de aprendizagem como a iniciativa, a criatividade e a autonomia. Ao aluno, apenas "caberá ser capaz de rentabilizar os conteúdos académicos, de forma a aplica-los em seu benefício para alcançar os objetivos e cumprir as missões propostas pelo jogo". (Contreras - Espinosa, 2011)
        A utilização dos videojogos deve ser enquadrada numa estratégia pedagógica, inserida nos modelos de aprendizagem, permitindo desenvolver a motivação, o gosto pela aprendizagem e a busca do sucesso escolar. Nesse sentido, certamente, contribuirá para a aquisição e compreensão dos conteúdos e para a aplicação de conceitos, "para o desenvolvimento de competências de aprendizagem para ajudar os alunos a lidar com os desafios complexos (...)". (Wef, 2015)
      Estes modelos de videojogos educativos assentam numa perspetiva construtivista da aprendizagem, de caráter colaborativo, que ensina a viver em sociedade. A aprendizagem baseia-se na interação entre os elementos que constituem a trilogia da aprendizagem: aluno - professor; aluno - aluno e aluno - conteúdos e as ferramentas digitais da web social. A interação aluno - professor é fundamental para desenvolver a motivação, o encorajamento e a confiança mútua. O aluno assume o papel central da experiência educativa e o professor tem o papel nuclear, ou seja, tem de guiar a experiência educativa e acompanhá-la, motivar e dialogar com o aluno, sendo líder e mediador, desenvolvendo e implementando uma interação positiva.
            Falando da minha experiência relativamente à utilização de jogos nas minhas aulas, costumo utilizar as ferramentas didáticas das editoras que acompanham os manuais escolares. Este ano letivo, tive a oportunidade de criar um Kahoot interdisciplinar, ou seja, um quizz para os alunos do 5º ano. Os colegas das várias disciplinas forneceram duas questões e respetivas respostas e eu realizei o quizz na internet, acessível a quem o quiser jogar que se chama "Jogo interdisciplinar 5º ano Os Sabichões". A ideia foi interessante, no entanto, deparamo-nos com alguns obstáculos: a falta de internet na escola, os alunos não tinham acesso à password do wireless, o que limitou a participação dos alunos na atividade. Os alunos que participaram, fizeram-no com entusiasmo e gostaram da atividade, o que nos permite concluir que estes recursos têm uma utilidade inquestionável e inesgotável na educação. Corroborando esta ideia, existem cada vez mais sites virados para a educação e para a dinâmica do jogo digital, sendo de referir: o Edmodo, Mentimeter, Canva entre outros. Acima de tudo, é necessário haver condições na Escola para a prática deste tipo de atividade, sem que os alunos tenham de gastar os seus dados móveis. Esta situação desmotiva e condiciona a participação dos alunos nestas atividades que são bastante enriquecedoras.

A metodologia do trabalho projeto

           Relativamente à segunda temática proposta "Aprendizagem através da metodologia de projeto", considero que esta deve ser participativa, ou seja, quem o faz deve participar de forma eficaz e ativa, porque esta metodologia, para além  de um processo intelectual, exige uma gestão eficaz e complexa, sendo a fase mais importante a do planeamento em que se desenha o projeto de forma participada para todos os intervenientes se sentirem "donos" ou "pais" do mesmo e responsabilizarem-se por o levar até ao fim, ou seja, ao seu objetivo final com vista ao sucesso da sua aplicação.
             Para se desenhar o projeto, temos de identificar os problemas e o diagnóstico para se poder intervir; definir claramente os objetivos gerais e específicos; definir estratégias clarificativas das grandes orientações do projeto; programar as atividades, distribuir as responsabilidades e calendarização das mesmas; preparar o plano de acompanhamento e de avaliação do trabalho (criar um plano de avaliação); publicitar os resultados e estudos dos elementos para a prossecução do projeto. 
            Criar um projeto é uma atividade que exige um trabalho colaborativo e responsável que terá de ser executado, ao longo do ano letivo, para se ver a sua viabilidade no território escolar. Com este, procura-se desenvolver capacidades e competências que não estão desenvolvidas nas escolas tendo em conta a população escolar e são o "handicap", o "calcanhar de Aquiles" das mesmas. Na minha opinião, tendo em conta o tipo de escola que é TEIP e a sua população escolar heterogénea, os projetos deveriam versar temas como: a indisciplina, os valores (respeito, solidariedade, igualdade, liberdade, entreajuda, disciplina, ....), o bullying, entre outros, permitindo que estes problemas fossem erradicados da dinâmica escolar, dando-nos a possibilidade de ter uma escola viva, justa e o bem-estar social na comunidade escolar e educativa.
    

sexta-feira, 24 de maio de 2019


Estar aberto à mudança e enfrentar o desafio com um sorriso nos lábios e sem medo

Indisciplina VS Mudança

Segundo os dados recolhidos recentemente pela OMS, para os jovens, a indisciplina nas aulas deve-se ao tipo de aulas, que consideram ser aborrecidas, e “a matéria”, que descrevem como excessiva, explicou Margarida Gaspar de Matos, a investigadora que em Portugal coordena este estudo da OMS desde que, em 1998, o país começou a participar.

A indisciplina, de acordo com Joaquim Azevedo  (psicólogo), deve-se ao facto de que “a  escola não cativa” os jovens. Por sua vez, os professores queixam-se de que “os alunos chegam desmotivados” às aulas. O que explica a falta de motivação é o facto de que “a escola mudou pouco e os adolescentes mudaram muito”. E se se tenta ensinar “nativos digitais” de uma forma semelhante àquela que “existia há 50 anos”, dificilmente os "nativos digitais" gostarão dessas aulas.

Os professores e os alunos terão de desenvolver e respeitar valores, regras e limites, no sentido de acabar com a indisciplina na Escola. A Escola e os professores devem preocupar-se mais em mudar a metodologia pedagógica no sentido de motivar os alunos a interessar-se pelo seu próprio processo de ensino – aprendizagem, levando-os a procurar o conhecimento e a integrá-lo, de forma a serem autónomos, independentes, cívicos, críticos e participativos na comunidade. Para desenvolvermos nos alunos a ideia de pertença e participação, na comunidade / sociedade, é essencial que se proceda a várias mudanças urgentes na Escola.

As mudanças terão de passar pela utilização equilibrada do mundo digital, uma vez que vivemos “na globalização” e temos de nos abrir ao mundo para nos mantermos atualizados. Os mais novos vivem mais abertos para o mundo e virados para este, sedentos de informação e com acesso a ela. Cabe-nos a nós, professores, ter uma visão muito mais global e verificar que o nosso mundo, afinal, não é o nosso quintal, o nosso espaço de conforto: temos, como profissionais, que acompanhar as mudanças da sociedade e adotar as novas tecnologias como metodologia de trabalho. O professor, profissionalmente, deve manter-se sempre atualizado e inovar em educação; por esse motivo, terá de estar preparado para contribuir para a autonomia dos alunos e para um processo de ensino-aprendizagem mais criativo e motivador, adquirindo as competências digitais necessárias, através de formação específica, enriquecendo a sua profissionalidade docente, porque deve estar sempre aberto à mudança, num mundo em que não há volta a dar senão avançar.

“Toda a vida é mudança." Logo, não há que ter medo, deve enfrentar-se o desafio e seguir em frente com um "sorriso nos lábios", confiando nas nossas capacidades para atingir o sucesso. No entanto, considero que não se deve exagerar no uso das novas tecnologias, uma vez que podem criar dependência e problemas nos jovens como a depressão, a ansiedade, o stress... E mais, não devemos voltar ao passado das "tele-escolas", substituindo as televisões pelos computadores, telemóveis, tablets, tornando a aprendizagem uma relação (professor - aluno) muito impessoal.

domingo, 14 de abril de 2019

O PAFC na Educação Atual - algumas considerações

Após as várias leituras realizadas sobre a temática proposta, considero que é uma questão bastante interessante e pertinente que, efetivamente, só depois de colocada em prática, nas nossas escolas, poderemos ter a noção do seu efeito na escola atual e nos nossos alunos. A ideia de que todos somos iguais e temos a mesma capacidade de aprendizagem, mas temos de respeitar o tempo de cada um para o fazer e implementar metodologias diferenciadas, apostando na integração total de todos os alunos no sistema escolar, é o objetivo de todas as entidades ligadas à educação.
Na  escola onde me encontro a lecionar, já estão no 2º ano de implementação deste sistema, eu, infelizmente, estou pelo 1º ano a lecionar de acordo com a autonomia e flexibilidade curricular. Por esse motivo, ainda sinto algumas dúvidas relativamente às novas metodologias e formas de avaliação diferenciadas, mas o facto de estar nesta escola tem-me permitido, através da prática e da cooperação e troca de impressões com outros colegas - o que é fundamental -, tirar dúvidas e ir entrando gradualmente, sem stresses nem receios, num mundo novo da educação.
Tendo em conta o aconselhamento do meu coordenador e do Departamento, procuro desenvolver mais atividades de grupo (em pequeno, médio e grande grupo), fichas formativas e testes adaptados às capacidades dos alunos, procurando desenvolver a autonomia e as capacidades de aprendizagem dos alunos.
Num tempo em que temos de estar todos (docentes) em sintonia, procurando a diferenciação pedagógica, metodologias e formas de avaliação adequadas a cada aluno, dentro de um todo que é a turma com toda a sua heterogeneidade, torna-se cada vez mais importante e ajustada a supervisão pedagógica e a orientação do professor supervisor ao colega supervisionado, no sentido deste melhorar as suas metodologias indo ao encontro do que a escola preconiza para as aprendizagens essenciais dos seus alunos. Os professores passam a ter na sua mão as decisões dos projetos que vão implementar na sua escola, deixam de ser "consumidores curriculares" in Rui Trindade "Autonomia, flexibilidade e gestão curricular: relatos de práticas".
Torna-se cada vez mais importante a interdisciplinaridade, onde é possível trabalhar várias temáticas comuns às várias disciplinas. Nestas, os alunos poderão mostrar as suas capacidades de pesquisa, seleção e apropriação de conteúdos. Desta forma, a partir de um ponto de partida comum, a escola potencia "o desenvolvimento pessoal e social dos seus alunos e a afirmação da sua cidadania como referência e objetivo do trabalho de formação que promove" in Rui Trindade, pág. 18
É nos DAC que os projetos interdisciplinares ganham corpo, levando à estimulação do contacto entre várias disciplinas e o seu património de saberes e do saber - fazer, potenciando aprendizagens significativas e bem sucedidas em que os alunos, através de estratégias e recursos que serão mobilizados para esse fim, desenvolvem o seu "pensamento crítico e criativo". in Ariana Cosme "Autonomia e flexibilidade curricular -Propostas e estratégias de ação"
Os professores devem usufruir de mais autonomia, no sentido de poderem programar e desenvolver projetos curriculares que lhes permitam desafiar os alunos e motivá-los a aprender e a crescer como pessoas mais inteligentes e humanamente mais competentes, beneficiando do legado cultural que têm ao seu dispor, ou seja, os alunos devem saber ser, saber estar e saber fazer.
Para Ariana Cosme, o sucesso do PAFC passará pelo modo como, nas escolas, os professores forem capazes de construir respostas para enfrentar a questão: Como é que a partir do património curricular de cada disciplina se pode estabelecer uma relação autêntica, significativa e plausível entre o património das disciplinas e as experiências e desafios culturais, sociais, relacionais e éticos que se espera que os alunos possam viver?
Os professores devem ser vistos como "atores educativos que assumem um papel decisivo e influente no desenvolvimento de uma relação produtiva e consequente entre os estudantes e o património das disciplinas", permitindo-lhes a aprendizagem e o conhecimento. in Ariana Cosme.Desta forma, estamos perante professores que, procurando obter os objetivos finais dos seus projetos, trabalham em conjunto, cooperando, quer em reuniões para tomar decisões, quer em coadjuvações, quer nos DAC, com o objetivo de conseguir transmitir aos seus alunos aprendizagens importantes e darem à sua escola um cunho, uma afirmação, na atual estrutura de ensino.